Hoje tenho enxaqueca,
Passo a debulhar o rosário do existencialismo, Tentando fugir da regra do ser e da questão,
Que me atormentam de tal forma que a náusea se torna a única coisa que aguça meus sentidos,
Não há nada nesse momento que me faça olhar além do facho de luz que entra pela janela...
E isso me arde os olhos...
A sensação é estranha,
A cabeça a latejar, a respiração lenta...
A humanidade as vezes se sente assim?
Tão deprimida e indefesa diante de olhos que apenas observam um facho de luz?E a sensibilidade é desconhecida porque todos dormem enquanto a dor transpassa cabeças pensantes?
Maldita enxaqueca!
E os olhos se tornam rasos, desejos de não mais enxergarem a luz que os irrita, mas que ao mesmo tempo os prende,
Só há uma solução para que não haja luz nesse momento...
E em minha soberania de raça superior tapo a cabeça, mas num ar doído de quem implora, brado:
"Será que alguém pode apagar as estrelas, por favor?!"
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